sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Alerta de enchente chega por celular para moradores no Japão

Primeiro, o sistema de prevenção de desastres naturais em Tóquio aciona comportas para evitar que o Rio Arakawa transborde. Gigantescos reservatórios no subsolo recolhem a água da chuva.
Do outro lado do planeta, dois países que frequentemente são atingidos por desastres naturais tomaram providências que servem de exemplo.
No caminho da enchente, barricadas tentam conter a força da água. As cidades são esvaziadas. A inundação, que começou no nordeste da Austrália, agora chega ao sul do país, e é considerada a pior em quase 200 anos. Apesar disso, os australianos estão conseguindo evitar que as vítimas se multipliquem. Até agora, foram 24 mortos e 12 desaparecidos.
Voluntários treinados, vindos de todo o país, orientam os moradores das áreas de risco, que obedecem às ordens de abandonar suas casas. O governo da Austrália calcula que cada US$ 1 gasto em prevenção significa US$ 7 economizados em reconstrução. Uma filosofia semelhante é aplicada no Japão, um país acostumado a enfrentar a fúria da natureza.
Em 1959, o Japão foi atingido pelo maior tufão de sua história, que matou cinco mil pessoas. Se um novo tufão aparecer no horizonte, uma sala de emergência será o quartel-general para enfrentá-lo. No local, chegam informações em tempo real dos satélites meteorológicos, e radares monitoram as nuvens e imagens das câmeras instaladas a cada quilômetro do Rio Arakawa, que atravessa Tóquio. Depois, são acionadas comportas que evitam que o rio transborde. Gigantescos reservatórios no subsolo, os piscinões, recolhem a água da chuva.
Uma faixa azul e branca no poste, a cinco metros de altura, mostra onde a água poderia chegar no caso de um tufão ou temporal mais forte. Isso só não acontece com freqüência por causa do sistema de drenagem e contenção do rio, mas nenhum sistema é perfeito. Por isso, no caso do risco de uma enchente, os moradores de um bairro recebem por celular a mensagem de abandonar suas casas e encontram no poste a indicação do abrigo mais próximo.
Uma vez por ano, na véspera da temporada dos tufões, eles participam de treinamentos. Até a distribuição de comida é ensaiada.
A simulação de computador mostra que a natureza nem sempre pode ser contida, mas os japoneses tentam prever os estragos que ela pode causar.
Fonte: Jornal Nacional

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