quarta-feira, 27 de abril de 2011

Robô que atua em Fukushima foi criado para uso em Marte

A tecnologia criada pela Nasa para a exploração de Marte está sendo empregada no Japão para avaliar os danos e o nível de radioatividade da usina nuclear de Fukushima

O robô Urbie, da Nasa

Os dois veículos que exploram a usina nuclear de Fukushima, no Japão, foram criados pela Nasa para uso em Marte. Modelos similares já ajudaram o exército americano na guerra do Afeganistão e nos atentados do 11 de setembro.

A tecnologia embutida nos chamados PackBots teve origem no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da agência espacial americana. Ela foi desenvolvida para o primeiro veículo de teste, o Rocky 7, que daria origem aos atuais veículos gêmeos de exploração terrestre em Marte, as sondas Spirit e Opportunity.

A Nasa criou os controles de torque e a estrutura de liga leve do chassi que, hoje, são usadas para examinar o interior dos reatores nucleares japoneses em aéreas ainda não seguras para humanos.

Outro ancestral do PackBot é o robô Urbie, projetado para aplicações militares ou de emergência – como contaminações químicas e terremotos. A estrutura física do robô foi desenvolvida pela iRobot, empresa de Massachusetts, enquanto os sensores inteligentes e algoritmos de visão ficaram por conta do JPL. É graças a esses mecanismos que o robô consegue passar por obstáculos e determinar rotas. Após o sucesso do Urbie, a iRobot usou sua tecnologia para cria seu sucessor, o PackBot.

Variações do robô já foram usadas pelo exército, marinha e força aérea americanas. Em julho de 2002, por exemplo, o veículo serviu como olhos e ouvidos dos soldados em áreas de risco no Afeganistão. O PackBot também ajudou nas buscas dos destroços do ataque do 11 de setembro, em 2001, em Nova York.

Agora, a iRobot forneceu dois veículos para ajudar o Japão após o terremoto e o tsunami de 11 de março. No momento, eles fazem leituras dos níveis de radioatividade na usina nuclear de Fukushima. Seus sensores indicam que a radiação ainda é muto alta para a presença de equipes de reparo.
Fonte: Exame com Paula Rothman (INFO Online)

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