quinta-feira, 16 de junho de 2011

Decoração e tecnologia atraem jovens para doar sangue em Tóquio

Akihabara é um bairro de Tóquio frequentado pelos fãs dos mangás e de jogos eletrônicos. Além das lojas especializadas, de vez em quando é possível ver alguns "personagens" andando nas ruas.

Agora a turma tem uma missão: doar sangue. Para convencê-los, bastou deixar o banco de sangue divertido, como uma história em quadrinhos. A decoração foi inspirada no interior de uma nave espacial. A sala de espera é usada para exposições, com desenhos dos artistas de mangá e personagens bem conhecidos pelos fãs. Claro, tem uma grande biblioteca de mangás, para os doadores passarem o tempo.

Um rapaz conta que tinha acabo de sair do serviço e foi ao local relaxar um pouco enquanto lia uma revista e ajudava quem precisa de sangue. Roberto Carapeto, estudante de direito, já era doador - de carteirinha - desde que morava no Brasil. “É um ato simples, mas tem um significado muito grande”, declara Roberto Carapeto, estudante de direito.

Num lugar tão futurista, tudo tem a mais moderna tecnologia. Roberto preenche um questionário numa tela sensível ao toque. A atendente entra numa rede social para avisar aos três mil seguidores sobre a visita da TV brasileira.

Enquanto aguarda a doação, Roberto escolhe na máquina automática uma bebida, entre dezenas de opções de graça, como café preparado na hora e aproveita para ler um mangá. Quando o aparelho de chamada toca, é hora da doação.

Para passar o tempo durante a doação, a tecnologia ajuda. Todas as cadeiras têm um aparelho de TV comandado por um equipamento sensível ao toque. O doador pode escolher um vídeo e ouvir o som por meio de autofalantes. A doação dura dez minutos, mas - com a diversão - parece ser bem mais rápida. Roberto já está acostumado.

Tóquio já tem cinco bancos de sangue temáticos. Um deles foi inspirado num bar futurista, a decoração brinca com o símbolo da Cruz Vermelha nas paredes e nos bancos.

Essa iniciativa fez a média etária dos doadores cair de 35 para 30 anos. Sinal de que, no grupo, há cada vez mais jovens dispostos a colaborar numa causa tão nobre.
Fonte: Jornal Hoje

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