sexta-feira, 24 de maio de 2013

Exposição de quimonos e ukiyo-e no Palácio dos Bandeirantes

A Arte dos Quimonos e as Gravuras Japonesas A sede do governo do Estado de São Paulo recebe, a partir do dia 29 de maio, parte de uma coleção de quimonos luxuosos do acervo do Museu Histórico da Imigração Japonesa do Brasil (MHIJB). Ao lado das 30 peças de quimono será exposta uma série de 30 ukiyo-e (espécie de xilogravura) que faz parte da coleção do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo.

Sob o título “A Arte dos Quimonos e as Gravuras Japonesas do Acervo Artístico dos Palácios”, a exposição é um dos eventos comemorativos aos 105 anos da imigração japonesa no Brasil e, também, dos 35 anos de fundação do MHIJB.

A mostra ainda marca o lançamento da campanha de arrecadação de recursos para a construção de uma reserva técnica (espaço adequado para armazenar peças em museus) para quimonos, a ser construída na sede do MHIJB, na Liberdade. Hoje as peças estão armazenadas de forma inapropriada, o que pode comprometer a conservação.

"Quando o Museu da Imigração Japonesa nos apresentou o projeto resolvemos acolher a exposição que tem um caráter comemorativo e, ao mesmo tempo, social", afirma Ana Cristina Carvalho, curadora do Acervo Artístico Cultural dos Palácios, responsável pela montagem da exposição.Réplica de quimono de 12 camadas usado nas cortes japonesas (foto: Helio Tenguan Nobre)

No Palácio dos Bandeirantes, os quimonos estarão divididos pelos temas das estampas (objetos, leques, fitas) e técnicas de confecção (pintados, bordados, tramas) e, como no Japão as estações do ano são bem definidas, a exposição vai indicar o quimono adequado para cada época.

"Cada quimono tem uma estampa única e esplendorosa, é uma peça exclusiva e artesanal", revela a curadora convidada Denise Mattar, responsável pela seleção das 30 vestimentas, das quais 24 são exibidas em vitrines e seis em manequins. Um dos mais notáveis é um quimono de 12 camadas, uma reprodução da vestimenta que costumava ser usada nas cortes japonesas na era Heian (795-1185).

Há também os trajes específicos apenas para casamentos, que promete ser uma das atrações da mostra. "Os quimonos tem um valor espiritual para os imigrantes japoneses", afirma Lidia Yamashita, vice-presidente do Museu Histórico da Imigração Japonesa do Brasil. "Os quimonos de casamentos, por exemplo, foram doados por japoneses que sonhavam que as filhas fossem se casar com trajes típicos".

Gravuras

Denominadas ukiyo-e, estas gravuras do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo, produzidas no Japão, no século XIX, utilizam o processo de impressão sobre papel de palha de arroz e refletem a estética do “mundo flutuante” associada à prosperidade da cultura urbana nipônica no período Edo (1600-1867). As obras abordam o teatro kabuki, os guerreiros e as mulheres de entretenimento, também conhecidas como “figuras bonitas”. Nestas gravuras, o quimono é constantemente retratado, revelando o requinte da vestimenta e o significado que desempenha perante as relações sociais. Segundo a curadora do Acervo-Artístico, Ana Cristina Carvalho, “a imagem dos quimonos é, portanto, a ponte que integra as duas coleções”.

A exposição conta com o patrocínio da Fast Shop, Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A. E ainda, com o apoio Sakura, Semp Toshiba e Holding Santa Ercília.

Exposição: A Arte dos Quimonos e as Gravuras Japonesas do Acervo Artístico dos Palácios
Data: de 29 de maio a 28 de julho
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 17h (de hora em hora)
Local: Palácio dos Bandeirantes
Av. Morumbi, 4500 - Morumbi - São Paulo-SP
Informações: 11 2193-8282 / monitoria@sp.gov.br
Fonte: Bunkyo

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