Abrigos flutuantes foram instalados em um hospital e em uma creche. Eles têm painel solar, água e comida para três dias e um telefone por satélite.
No dia 11 de março o mundo lembra a tripla tragédia que atingiu o Japão há dois anos: terremoto, tsunami e acidente nuclear. São lembranças ainda muito recentes.
Às 14h46, horário local, o Japão fez um minuto de silêncio para lembrar as vítimas. A cerimônia foi comandada pelo imperador Akihito e pela imperatriz Michiko. O primeiro-ministro Shinzo Abe prometeu acelerar a reconstrução do nordeste do Japão.
Por todo o país, um dia de orações e emoção. Os japoneses sabem que novas tragédias podem acontecer a qualquer momento. Por isso, aprendem o que fazer desde que são crianças.
Hamamatsu tem uma das maiores colônias brasileiras no Japão. Como em toda a cidade do litoral do país, os moradores estão sempre de olho no mar. A placa alerta: em caso de tsunami, é preciso correr para um lugar alto.
Hamamatsu está longe da área atingida pelo tsunami de dois anos atrás, mas os moradores implantaram uma nova forma de fugir de ondas gigantes.
Abrigos flutuantes foram instalados em um hospital e em uma creche. Eles são uma adaptação de botes salva-vidas usados em navios. Feitos de fibra-plástica reforçada, um material muito resistente, resistem a choques contra paredes de concreto.
O representante do fabricante mostra que o abrigo tem um painel solar para garantir a energia e manter uma lâmpada acesa no teto, para facilitar a localização à noite. “Instalamos os abrigos em locais onde há crianças e idosos, que não conseguem fugir sozinhos. Desse modo, podem ser abrigados rapidamente”, diz Yoshinori Ishikawa.
A creche instalou dois abrigos no pátio, onde cabem todos os alunos e professores. Duas vezes por mês as crianças param as aulas e brincadeiras para treinamento de tsunami. Elas levam a sério.
Dentro, o abrigo flutuante é todo acolchoado para que ninguém se machuque quando for jogado de um lado para o outro pelo tsunami. Há um estoque de água e comida para três dias, e um telefone por satélite para comunicação e localização. Com ele, as equipes de resgate podem saber para onde o abrigo foi levado pelo tsunami.
Todos já aprenderam a lição na ponta da língua. A menina explica: “Este abrigo pode virar de cabeça para baixo, mas volta ao normal. Ele nos protege em caso de tsunami e me sinto mais segura”.
Fonte: Bom Dia Brasil com Roberto Kovalick
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