A tragédia que atingiu o Japão teve uma consequência inusitada: aumentou o número de casamentos. Pelo jeito, diante de tragédias, as pessoas param de empurrar as relações com a barriga e decidem agir. Elas se dão conta de que a vida é curta e, para ser feliz, não se pode perder tempo.Cupido está à solta nas ruas do Japão. Como em uma estátua em uma esquina de Tóquio, ele está sempre à espreita. Os japoneses têm duas datas para comemorar: 14 de fevereiro, dia de São Valentim, quando os homens dão presentes para as mulheres. Um mês depois, elas retribuem os presentes para os homens. Datas não importam. Ultimamente, os japoneses têm encontrado o amor todos os dias e em todos os lugares.
Os dados são das empresas que organizam cerimônias, alugam roupas para casamento e joalherias: os negócios deram um salto depois das tragédias que atingiram o país no dia 11 de março.
Mikiko Matsumoto, diretora de um dos maiores serviços de encontros do Japão, conta que a procura por um parceiro aumentou em 36% entre as mulheres e 26% entre os homens. O pessoal deixou de ficar enrolando e tomou logo uma decisão: o número de casamentos promovidos pela agência aumentou em 20%.
Um rapaz acha que as pessoas sozinhas ficam mais carentes quando passam por uma tragédia. Um casal disse que vai se casar em breve, mas diz que a data já estava marcada. Outro casal, já casado, disse que os dois enfrentaram o terremoto juntos e isso fez com que eles valorizassem mais a relação e a família.
Historiadores dizem que as grandes tragédias naturais que atingem o Japão sempre provocam profundas mudanças sociais. Para um país com uma das menores taxas de natalidade do mundo, com a população encolhendo e envelhecendo, só há um remédio: o amor.
Fonte: Bom Dia Brasil
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